terça-feira, 14 de abril de 2009

PROFISSÃO DE FÉ

Existem várias profissões e “êne” pessoas no mercado de trabalho. Em algumas delas se convive com todos os tipos de outros profissionais. Entre elas está a de corretor imobiliário, gosto bastante dessa. Gosto porque lida com o sonho das famílias, ou seja, você sonha e nós realizamos,(que slogan), onde se convive com todos, e tem de ser perito em escritura, não é sagrada, mas é autêntica.

Mas tempos atrás, a menina da locação ficou numa situação embaraçosa, isso porque um senhor de idade locou uma casa por um mês e no final não queria sair conforme o contrato, sobre esta alegação: “EU SOU JUIZ DE DIREITO E SEI TUDO DE CONTRATO E NÃO VOU SAIR HOJE”. Queria ficar mais dois dias, e deixou a corretora “mais perdida que cebola em salada de frutas”. Ela chegou na imobiliária e pediu pra eu resolver o abacaxi e descascar o pepino. Chegando lá tive de ouvir todo o recurso vocal e literário do insano juiz de direito, que era torto. Após ouvi-lo com uma calma que deixaria Ghandi nervoso e sem vir nada na”caxa d’agua”(cabeça) pensei em fazer uma reza ou oração por imposição de pescoço, mas a idade dele não permitia e ficaria mais feio ainda se eu apanhasse. E disse pra ele que funcionava na praia assim; “Se o presidente da república não passar em frente a nossa casa, não sentimos falta; Se o médico não passar, nem uma falta faz; Se um juiz de direito não passar, muito menos falta fará; Mas agora se o lixeiro não passar um ou mais dias qualquer um enlouqueceria, iria endoidecer, causaria uma pane na cidade, seria um inferno. Então deixa a menina exercer a profissão dela.

Assim que funciona a sociedade atravessada de hoje. Muitos acham que sua profissão determina quem ela é, e acham-se arrogantemente melhores por causa da profissão que exercem, do grau escolar, das divisas que usam, do nível musical, cultural ou sócio-econômico. Não interessa pra Deus e nem pras pessoas se nós somos pastores, padres, músicos,escritores, produtores, cantores. Se temos igrejas, creches, ong’s, ou asilos. Se damos comidas aos pobres, roupas aos necessitados, ou pão para os mendigos. Se não tivermos amor (de Cristo) seremos como um estouro de fogos e artifícios, que são belos por dez minutos e todos olham extasiados, mas depois ninguém lembra nem do formato, da cor ou do brilho; porque é artificial, plástico e só faz barulho.

Fico extasiado e temo quando vejo pessoas arautos de si mesmo pelos palcos e púlpitos da vida e das igrejas desse tempo, quando pseudos profetas se põem no lugar de Deus e lidam com mundos tenebrosos, regiões celestiais, falam de anjos e demônios com uma arrogância apavorante. Baseados somente no título que obtiveram com muito treinamento humano e mais alguns dicionários bíblicos e uma dúzia de livros sobre auto-ajuda cristã. E ficam soltando “palavras proféticas” sem nem saber o que realmente significa, e ficam dizendo que “há poder nas palavras”. Não! Só há poder na palavra dita por Deus através do homem e não há poder na palavra do homem que usa o nome de Deus. Afinal quem deve usar quem? Já viu o cadarço mandar no tênis?

Ao juiz aquele foi dada a sentença! Teria duas horas para arrumar os seus apetrechos e deixar a casa limpa e recolher o lixo e deixar na rua para que o insubstituível lixeiro levasse. Caso não fizesse seria levado gentilmente por um policial militar que, exercendo a autoridade de sua profissão retiraria o nobre cidadão da casa de veraneio.
Depois de tudo isso, passei pela tentação de me orgulhar por ter colocado o juiz no seu lugar. Mas sei meu lugar, pelo menos achava que sabia até ceder à tentação e escrever sobre isso. Bah! Oh miserável homens que somos, quem nos livrará de nós mesmos? Mas graças a Deus e a Cristo Jesus que venceu a tentação.

“TEM OUVIDOS...ENTÃO OUÇA”.

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