“CRISE” DE IDENTIDADE

A mais ou menos dezesseis anos atrás, então com vinte dois ou vinte três anos. Estava viajando quando, de repente ao chegar em minha cidade no posto policial rodoviário fui parado. O policial pediu os documentos, entreguei. Pediu a carteira de motorista e ......cadê? A identidade? Nadica de nada.
Não foi a primeira vez. Pois certa vez quando vinha do Acampa em Santa Rosa, dei pro guarda a carteira ele olhou e depois botei dentro de um livro, acho que era uma B´blia, resultado andei viajando dois meses sem a carteira, e quando estava em um outro estado fui ver que estava sem a habilitação. E todos sabem que quando se está errado, parece que todos estão te olhando e que está sendo perseguido, isso se a consciência não estiver cauterizada.

Bom! A policia rodoviária estadual gaúcha, não tem escapatória, e os que já foram multados sabem mais do que ninguém. Ainda mais se o policial for crente, aí sim se tá “ferrado”, pois este pede até o número do Pis e do Pasep. Ainda bem que esse “poliça” não era chato, me chamou e disse:
“De menor não pode dirigir! Esgotei toda a limitada gramática verbal e intelectual do dicionário valdisiniano, e nada, mas acabei conseguindo lá nos “extras e no macking of” a convencê-los por meio de uma aposta. Isso mesmo fizemos um trio de apostas com os dois guardas. Se eu fosse ganhar, não levaria a multa e se eles ganhassem eu levaria a multa e o resto era churrasco. E assim ligaram para minha casa e pediram para que alguém levasse a identidade e a carteira de motorista, e mesmo assim duvidaram, mas “olhei vi e venci” a aposta.

E assim vejo as várias igrejas crentólicas de hoje que com o passar dos anos vem perdendo suas identidades, ou melhor, esquecendo das suas raízes e de como surgiram. Antes tempos nós sabíamos pelo que cada um lutava, seus anseios espirituais, seus objetivos, da onde vinham e onde desejavam chegar. Mas as coisas mudam. E antigamente haviam as igrejas Batistas, Presbiterianas, Luteranas, metodistas e outras, que ansiavam ensinar as pessoas para o dia-dia e instruí-las para uma terra prometida. Vieram os pentecostais dizendo que eram a terra prometida e agora vieram os neo-pentecostais dizendo que já são o novo céus e nova terra e que a Jerusalém celestial é aqui e agora.

Dá pra perceber pelas escolhas dos nomes destas denominação, que antes se contentavam em serem a Assembléia de Deus, ou seja, eram pessoas que se reuniam porque pertenciam a Deus, hoje acham que são os únicos que são de Deus. Outra igreja era a Deus é Amor, no nome exaltavam Deus. A Quadrangular, pegava os quatros ângulos do evangelho. A O Brasil para Cristo já ousou um pouco mais, por sua natureza missionária. Agora nos neo-pentecostais o ide por todo o mundo não chega, tem de se tomar o universo todo como a Universal do Reino de Deus? Ou a Católica que tem o mesmo significado. E assim por diante. Mas uma coisa todas tem em comum no sentido geral é que perderam suas identidades e a Lei Divina está prestes a fiscalizar e não há aposta que fará alguém vencer Êle nesta batalha do Supremo e ela é Judicial Superior Celestial, e há um senso de medo que atravessa os corações de seus lideres, pois estão pilotando sem habilitação especificas de suas categorias ou esqueceram a identidade. Uns se dizendo apóstolos e nesses eu não aposto nada. Outros se dizendo profetas sem professar nada. Agora haveria soluções se cada uma dessas denominações voltassem ao primeiro amor e as primeiras obras para seus Atos mudarem. E vocês acham que vai mudar? Quer apostar? Eu não.