quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DIVAGAÇÕES

PROVA DE FÉ

Tinha acabado de ser transferido de uma cidade para outra, de um colégio para uma escola estadual, o nome era Poncho Verde. Isso era na metade do ano letivo e dois dias depois teria uma prova de sei lá que disciplina, que me discipularia para a vida segundo a dona Gerda (guerda) Litzke nossa loirosa diretora.

Para meu espanto a dentista do colégio me chamou e me submeteu a maior prova, pois por engano havia na mesma escola um cara com o mesmo nome e sobrenome e nascido no mesmo dia que eu. A diferença era que ele era loiro, alvo mais que a neve era ele. Foi primeiro constrangimento que passei por causa do meu nome, que não era sobre todo nome igual a do Jota (Jesus), e Ele que me perdoe a intimidade. Outra vez era que havia uma mulher na igreja que se chamava, Valdeci! E talvez por isso nunca fui muito com a cara dela, ainda mais agüentar meus irmãos zoando comigo, embora sempre se devolve “a outra face”, da mão, é claro.

Errar meu nome é comum, já me chamaram valmir, valdir, moacir, valdeir, valdemir, valcir e outros tantos nomes sem que eu perdesse “o rebolado”. Agora o dia que meus irmãos falaram que havia uma gata, linda e “maravilhuda” que queria me conhecer, nem notei que era pegadinha, acho que minha idade era 13. Azar o meu. Veio aquela morena estonteantemente perfeita, não caminhava, mas sim, desfilava. Vinha em “slow mosh”, elegante e charmosa, só a Naty pra bater ela. Uffaaa! Foi por pouco...rsrsrs
Ela disse: “Oi tudo bem?” Respondi: “Tututuuudo legal”. Ela replicou: “Qual teu nome mesmo?” Estufei o peito parecia um galinho cinza e da camada parietal do cérebro tasquei um! “Valdecir” com R acentuando um tom grave e circunflexo na parte do al. Ela ficou meio que sem graça, mas não mais que eu quando trepliquei! E qual nome que te deram no céu? Ela respondeu enquanto ria: “eu me chamo Valdecir, com R disse a guria. Fiquei com a cara de Judas sendo traído pelo nome. E não precisa dizer mais nada quando vi a cara dos meus irmãos.

E naquela vez do colégio, a dentista me chamou enganado, por causa do nome, e pensei que seria só um exame geral. Aquela querida, simpática e tonta profissional lascou uma agulha e me deu anestesia. Pasmem! Pegou na língua e não tinha como eu falar e a solução final foi empurrar o animal ruminante de cima de mim.Quando cheguei na sala de aula, a prova surpresa era oral e eu com a boca daquele jeito, falando fofo.
E uma semana atrás elaborei uma prova pra mim mesmo, com perguntas e depois as devidas respostas. Não foi oral, porque senão a Naty me internaria sem pestanejar.
Fiz essa prova porque li no Livro dos Livros, que devemos nos auto-examinar e provar a nossa fé. Ver quais as reais motivações passadas presentes e futuras, pois estamos no caminho, mas precisamos ter a direção correta, pois a fé por si só é inútil e há vários tipos de fé e elas podem estar mal direcionadas e apesar de intensa e viva pode estar sendo deturpada por nós mesmos. Nem a nossa própria consciência pode ser nosso árbitro de nossa retidão.

E fazendo isso pude detectar alguns ajustes que tem de ser feito na “bússola” do meu coração, que é a raiz do pensamento e com alguns ajustes retratações, recortes, deletes,copy ecola , seguiremos para o alvo e sabendo sempre o motivo real da minha, e nossa existência ou inexistência, pois a fé cega é pior que fé nenhuma.

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