DIAS DE HOJE EM DIA

DIAS DE HOJE

Tinha acabado de fazer treze anos de idade, idade propícia para o despertar da consciência. Até os doze anos nossos pais são responsáveis tecnicamente e espiritualmente por nós, pois ainda somos inocentes para o mal, ou seja, ainda somos crianças e infantis para a vida que vem adiante.
Não é que não pecamos, é que somos inocentados por Deus, por causa que em nós ainda não há a consciência e noção da conseqüência do pecado.

O que particularmente nessa idade planejava era no que trabalharia profissionalmente, se bem que já trabalhava desde os nove anos, não que precisasse, mas já tinha vendido picolés, salgadinhos, capinava e malhava soja no pátio de nossa casa na vila Ibanes ( acho que daí veio o gosto por essa marca de guitarra). Então queria aos treze, alçar vôos maiores.
Foi aí que aluguei, em nome do pai, uma borracharia no posto das Pedras, em Panambi (interior Gaúcho) e aí se foi, mais uma lavagem de carros e uma outra borracharia noutra ponta da cidade. Meu irmão mais novo, então com seis anos, era meu braço direito e tínhamos mais três funcionários, é e com seis anos o Ozéias já dirigia carros e camionetas, muito engraçado.

Como as coisas andavam muito rápido naquela época, aos 14 anos achei que o evangelho dos crentes á qual eu pertencia, era inútil e desnecessário para mim, simplesmente porque o que ouvia nos púlpitos era uma pregação sem graça para mim.
Todas as mensagens eram para quem tinha a família destruída, separação, doenças, desemprego e misérias gerais. Então sozinho pensava: “O que eu quero com igreja, evangelho e Cristo?” Lógico que aquele evangelho não servia para minha vida, pois soava sem nexo devido a não ter necessidade financeira, nem brigas na família, nem falta de paz e nenhuma das outras coisas semelhantes. A única coisa que me faltava era carteira de motorista e essa eu teria que ficar esperando mais cinco anos e o Deus do impossível que eles pregavam estava impossibilitado.

Então sofri espiritualmente sozinho por um tempo e metade de um tempo. Foi aí que então supliquei sozinho, numa madrugada como esta por uma resposta sem rodeios, direto como um goleador de várzea que não tem medo do gol. Foi aí que ouvi uma voz...Não foi nada fenomenal e não vi nenhuma luz como tanta gente diz que vê. Foi na mente, na consciência, em apenas um pensamento que disse: “Você deve servir a Deus porque Ele é Deus”. E assim como aquele jovem Galileu que ia como “quem vai a Jerusalém”, com o rosto reto e cabeça erguida e firme como um soldado francês tomei a decisão certa e aprendi que se tu serve a Deus com outra motivação que não seja Ele mesmo, um dia teu amor vai esfriar, ou porque alcançou teus objetivos, ou porque serviu o Deus errado ou porque serviu “ao teu próprio ventre”, ou porque eras guiado pelas emoções e circunstâncias e serás uma presa fácil para o Maligno.

Já se passaram desde então mais de 25 anos e o que vejo nos dias de hoje são os crentes em geral aprendendo a serem idólatras de si mesmo e do amor á Mamom, que é o deus da riqueza, são pessoas sendo ensinados por pseudos profetas que se rasgam e se auto-sacrificam nos púlpitos querendo que Baal responda com fogo. O que vejo são falsos profetas da prosperidade satânica que estão sacrificando porcos no altar, verdadeiros abomináveis da desolação. São pessoas formadas em Sataneologias que vendem Cristo por Moedas de prata. O que vejo são doutrinas de demônios e poucos são os que provam os espíritos para saber de onde vêem. Os Bereanos provaram Paulo, mas os Judas de hoje não querem seram provados, mas graças a Deus Ele sempre reservou seu Remanescente e espero que você seja um deles.