Estava lentamente á acelerar o “possante” pelos asfaltos da vida, em direção a um outro estado, estado crítico. Quando parei para dar carona para um militar, que ansioso queria ir para casa para estar com a família. Ele perguntou-me depois, se eu não tinha medo de dar carona. Disse que não pra ele, porque fiz carreira no exército e sabia o valor de uma carona, e peguei uma só carona, não quis saber mais. Também disse pro cara que o medo se perde depois que se sai do presídio. O pobre soldado congelou a imagem e se virou em “slow motion”, até eu dar uma gargalhada, o que o assustou mais ainda. Nessa vez que peguei carona no quartel, fiquei levemente irado, porque fazíamos o sinal de carona com o polegar voltado para o destino, igual a Moisés no deserto, se bem que acho que o cajado que era torto, é muito tempo zanzando, então os brows sozinhos nos carros ligavam o limpador de parabrisas em sinal de não. E nessa hora meus colegas ofendiam até a quarta geração deles, eu não, não xingava. Mas em silêncio pensava e escolhia uma nova profissão pra mãe deles.
Nunca mais quis pegar carona porque, um casal de idoso parou para dar carona em um monza, na época monza era carro, desculpa-me se tens um. Essa senhora idosa, que não nos deixou de “monza banando”, quase me levou a loucura, não entenda mal, pois o velinho de uns oitenta anos estava a 100 km por hora. E a velinha que tinha uns cem anos fez ele parar o carro e pegou no volante como fazem esses “magrão” de hoje e já largou cantando pneu, foi á 120...140...160...180... E como eu fardado, cheio de pose (parecia um garninzé) iria pedir para ela parar?...Bom essa foi a primeira vez que fiz o sinal da cruz, e saiu virado e se o velinho tivesse o nome de Rosário eu teria me agarrado e beijado o veím.
O que me chocou na carona que dei ao policial, era a quantidade de palavrão que saia dos lábios daquele cidadão, e lembrei dos velinhos e pensei vou me vingar deles, pois sou bem vingativo, e comecei acelerar e pensando só vou parar quando sair um sinal da cruz, e virado, é o que acontece na hora do pavor. Não deu outra! Antes da curva saiu até um...ave Maria, mas como sou mau, muito mau, pisei mais até não sair mais palavrão e ponto. Já ouviu alguém rezar pra Maria Madalena? Esse fez. Não me julgue mal por falar dessa Maria, mas na época ela realmente poderia ser padroeira do policial, pela quantidade de “invocação” dentro do carro. Se bem que Madalena não era como a maioria dos padres e pastores julgam, ela hoje, pobre e vadia. Pois ela era uma mulher rica e abastada e que tinha várias “mulheres de luxo” próximo a um quartel de uma cidadela chamada Magdala, daí Maria de Magdala...e depois Maria Madalena.
Um dado momento enquanto passávamos em uma cidade o caroneiro fez o sinal da cruz com a mão esquerda, foi isso que aumentou a intriga em meu vingativo coração. Já vi fazerem o sinal em “N”s situações, e até perguntei, mas nunca me responderam o por que do sinal da cruz, mas outra hora falaremos sobre isso.
O que mais me estranha hoje em dia é o valor errado que se dá a cruz e a crucificação de Cristo e de como demonstram uma certa afeição pelo sofrimento do Mestre, quanto o que pertencia a nós seria o corar de vergonha. A exaltação que se dá a cruz e esquecendo do crucificado. O maior sinal da cruz que Jesus fez foi o do seu olhar penetrantemente amoroso e perdoador, quando olhou para Pedro, sem ser vingativo. Mas o que mais dói em meu penoso coração é que os Pedros continuam a negar à Cristo o Altar que é de direito dEle. As empregadas denunciando que os Pedros da vida tem, as aparências externas, sem terem a aparência eterna, a voz e o linguajar são parecidos, mas são usados para dar recadinhos pessoais nos púlpitos negando ao Mestre que ainda diz “PAI PERDOA-OS PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM.
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